No final do ano passado, enquanto eu estava nessa maravilhosa Road Trip (vou escrever sobre isso logo mais) meu amigo João me perguntou: Você já sabe qual é o apelidinho desse ano novo? 2000 e kiss me.
2014 foi 2000 e catarse. E nada mais apropriado depois de tantas mudanças bruscas e dificuldades, um ano com copa e eleições que 2015 seja um ano frutífero e ligeiramente mais calmo.
Mas, será? Já começamos o ano com a notícia de que em pouco mais de um mês e meio entraremos em um esquema assustador de racionamemto de água.
E como ficará São Paulo nessa situação? Quem sabe assim a bolha estoura e o preço do refrigerante saia dos R$4,80 e se torne possível comer decentemente na região da Augusta com R$10. Será?
Tenho um pé atrás com 2015, exatamente porque estou em São Paulo e essa cidade já chegou a um ponto tão Mad Max que não é mais possível esperar apenas que Kiss me. São Paulo também te chuta, te entope os pulmões com fumaça de cimento, te faz tomar cuidado para não arranjar uma briga todo dia, porque ta todo mundo tão no limite que um esbarrão as vezes é a gota d’água e não, não sobra calçada.
Eu costumo ser otimista e tenho muitos planos profissionais para esse ano, amo São Paulo, amo a Augusta, e não sei nem se eu sei viver de outro jeito. Achei uma casa com uma vista pra um jardim, onde eu vejo pássaros todos os dias para compensar a loucura que é descer na minha rua, mas é um ano super ambíguo pra mim. E não sei se serão só beijos. Mas darei a cara a tapa, como sempre foi. Só que com a cabeça um pouco mais erguida, qualé?